tag:blogger.com,1999:blog-39559233846526635732024-02-20T00:33:35.617-08:00BARROCOBARROCOhttp://www.blogger.com/profile/04646380205559904800noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-3955923384652663573.post-49897962795651482872010-11-16T06:28:00.000-08:002010-11-16T06:28:43.988-08:00barroco brASIleiro<span class="style21"> <span style="color: #351c75; font-size: large;"><i><b>Barroco Brasileiro</b></i> </span><br />
<br />
</span> <span class="style19"> <div align="justify"><span style="font-size: large;"><strong>Histórico</strong></span></div><div align="justify"><span style="font-size: large;">O estilo barroco chega ao Brasil pelas mãos dos colonizadores, sobretudo portugueses, leigos e religiosos. Seu desenvolvimento pleno se dá no século XVIII, 100 anos após o surgimento do <a href="" style="text-decoration: none;"><span style="color: #990000;">Barroco</span></a> na Europa, estendendo-se até as duas primeiras décadas do século XIX. Como estilo, constitui um amálgama de diversas tendências barrocas, tanto portuguesas quanto francesas, italianas e espanholas. Tal mistura é acentuada nas oficinas laicas, multiplicadas no decorrer do século, em que mestres portugueses se unem aos filhos de europeus nascidos no Brasil e seus descendentes caboclos e mulatos para realizar algumas das mais belas obras do barroco brasileiro. Pode-se dizer que o amálgama de elementos populares e eruditos produzido nas confrarias artesanais ajuda a rejuvenescer entre nós diversos estilos, ressuscitando, por exemplo, formas do gótico tardio alemão na obra de </span><span style="color: #ff6633; font-size: large;"><a href="" style="text-decoration: none;"><span style="color: #990000;">Aleijadinho (1730 - 1814)</span></a></span><span style="font-size: large;">. O movimento atinge o auge artístico a partir de 1760, principalmente com a variação rococó do barroco mineiro. </span></div><div align="justify"><span style="font-size: large;"> </span></div><div align="justify"><span style="font-size: large;"><span style="font-size: x-large;">antonio viera</span></span></div><span style="font-size: x-small;"><u><b> <span style="font-family: Arial;">Momento Histórico</span><br />
</b></u> </span></span><br />
<span style="font-size: x-large;"><span style="font-family: Arial;">Lisboa era considerada a capital mundial da pimenta, a agricultura lusa era abandonada. Com a decadência do comércio das especiarias orientais observa-se o declínio da economia portuguesa. Paralelamente, Portugal vive uma crise dinástica: em 1578 D. Sebastião desaparece em Alcácer-Quibir, na África; dois anos depois, Felipe II da Espanha consolida a unificação da Península Ibérica.</span></span><br />
<span style="font-size: x-large;"><span style="font-family: Arial;">A perda da autonomia e o desaparecimento de D. Sebastião originam em Portugal o mito de <b>Sebastianismo</b> (crença segundo qual D. Sebastião voltaria e transformaria Portugal no Quinto Império). O mais ilustre sebastianista foi sem dúvida o <b>Pe. Antônio Vieira, </b>que aproveitou a crença surgida nas <b>"trovas" </b>de um sapateiro chamado <b>Gonçalo Anes Bandarra.</b></span></span><br />
<span style="font-size: x-large;"> </span><span style="font-size: x-large;"><span style="font-family: Arial;">A unificação da Península veio favorecer a luta conduzida pela Companhia de Jesus em nome da <b>Contra-Reforma: </b>o ensino passa a ser quase um monopólio no campo científico-cultural. Enquanto a Europa conhecia um período de efervescência no campo científico, com as pesquisas e descobertas de <b>Francis Bacon, Galileu, Kepler e Newton.</b></span></span><br />
<span style="font-size: x-large;"> </span><span style="font-size: x-large;"><span style="font-family: Arial;">Com o <b>Concílio</b> <b>de</b> <b>Trento</b> (1545-1563), o Cristianismo se divide. De um lado os estados protestantes (seguidores de <b>Lutero</b> – introdutor da Reforma) que propagavam o <b>"espírito</b> <b>científico"</b>, o racionalismo clássico, a liberdade de expressão e pensamento. De outro, os redutos católicos (a <b>Contra-Reforma</b>) que seguiam uma mentalidade mais estreita, marcada pela Inquisição (na verdade uma espécie de censura) e pelo teocentrismo medieval. </span></span><br />
<span style="font-size: x-large;"><span style="font-family: Arial;">O quadro brasileiro se completa, no século XVII, com a presença cada vez mais forte dos comerciantes, com as transformações ocorridas no Nordeste em conseqüência das invasões holandesas e, finalmente, com o apogeu e a decadência da cana-de-açúcar.</span></span>BARROCOhttp://www.blogger.com/profile/04646380205559904800noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3955923384652663573.post-59299147494056282682010-11-16T06:20:00.000-08:002010-11-16T06:20:12.400-08:00<div align="justify" style="color: #3d85c6;"> <span style="font-size: x-large;"><b>Biografia</b></span> </div><div align="justify"> <span style="font-size: large;">Gregório de Matos Guerra, advogado e poeta, nasceu na então capital do Brasil, Salvador, BA, em 7 de abril de 1623, numa época de grande efervescência social, e faleceu em Recife, PE, em 1696. É o patrono da Cadeira n. 16, por escolha do fundador Araripe Júnior. </span></div><div align="justify"><span style="font-size: large;"> Foram seus pais Gregório de Matos, fidalgo da série dos Escudeiros, do Minho, Portugal, e Maria da Guerra, respeitável matrona. Estudou Humanidades no Colégio dos Jesuítas e depois transferiu-se para Coimbra, onde se formou em Direito. Sua tese de doutoramento, toda ela escrita em latim, encontra-se na Biblioteca Nacional. Exerceu em Portugal os cargos de curador de órfãos e de juiz criminal e lá escreveu o poema satírico Marinícolas. Desgostoso, não se adaptou à vida na metrópole, regressando ao Brasil aos 47 anos de idade. Na Bahia, recebeu do primeiro arcebispo, D. Gaspar Barata, os cargos de vigário-geral (só com ordens menores) e de tesoureiro-mor, mas foi deposto por não querer completar as ordens eclesiásticas. Apaixonou-se pela viúva Maria de Povos, com quem passou a viver, com prodigalidade, até ficar reduzido à miséria. Passou a viver existência boêmia, aborrecido do mundo e de todos, e a todos satirizando com mordacidade. O governador D. João de Alencastre, que primeiro queria protegê-lo, teve afinal de mandá-lo degredado para Angola, a fim de o afastar da vingança de um sobrinho de seu antecessor, Antônio Luís da Câmara Coutinho, por causa das sátiras que sofrera o tio. Chegou a partir para o desterro, e advogava em Luanda, mas pôde voltar ao Brasil para prestar algum serviço ao Governador. Estabelecendo-se em Pernambuco, ali conseguiu fazer-se mais querido do que na Bahia, até que faleceu, reconciliado como bom cristão, em 1696, ao 73 anos de idade. </span></div>BARROCOhttp://www.blogger.com/profile/04646380205559904800noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3955923384652663573.post-86570739477733557552010-11-16T06:14:00.000-08:002010-11-16T06:14:23.520-08:00OBRAS DE GREGORIO DE MATOS<strong><span style="color: navy;">OBRAS DE GREGÓRIO DE MATOS</span></strong> <br />
<br />
<strong>MANUSCRITOS</strong> – Enquanto viveu, seus poemas circulavam de mão em mão, de forma manuscrita, ou de boca em boca, no aspecto oral. <br />
<br />
<strong>OBRAS PUBLICADAS</strong> – As obras de Gregório de Matos somente foram publicadas no século XX, entre 1923 e 1933, pela Academia Brasileira de Letras, em seis volumes: <br />
<br />
<span style="color: blue;">I. Sacra</span> <br />
Contém todos os poemas religiosos. <br />
<br />
<span style="color: blue;">II. Lírica</span> <br />
Contém todos os poemas lírico-amorosos. <br />
<br />
<span style="color: blue;">III. Graciosa</span> <br />
Contém poemas que exploram o humor. <br />
<br />
<span style="color: blue;">IV e V. Satírica</span> <br />
Contém todos os poemas que exploram a sátira. <br />
<br />
<span style="color: blue;">VI. Última</span> <br />
Contém poemas misturados.<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: large;"><span style="color: purple;">BIOGRAFIA</span></span><br />
<h2><span class="mw-headline" id="Biografia">Biografia</span></h2>Gregório nasceu numa família com o poder financeiro alto em comparação a época, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Empreiteiro" title="Empreiteiro">empreiteiros</a> de obras e funcionários <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o" title="Administração">administrativos</a> (seu pai era <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal" title="Portugal">português</a>, natural de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Guimar%C3%A3es" title="Guimarães">Guimarães</a>). Legalmente, a nacionalidade de Gregório de Matos era <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Portugueses" title="Portugueses">portuguesa</a>, já que o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil" title="Brasil">Brasil</a> só se tornaria independente no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIX" title="Século XIX">século XIX</a>.<br />
Em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1642" title="1642">1642</a> estudou no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%A9gio_dos_Jesu%C3%ADtas" title="Colégio dos Jesuítas">Colégio dos Jesuítas</a>, na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bahia" title="Bahia">Bahia</a>. Em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1650" title="1650">1650</a> continua os seus estudos em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Lisboa" title="Lisboa">Lisboa</a> e, em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1652" title="1652">1652</a>, na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Coimbra" title="Universidade de Coimbra">Universidade de Coimbra</a> onde se forma em <a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2nones" title="Cânones">Cânones</a>, em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1661" title="1661">1661</a>. Em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1663" title="1663">1663</a> é nomeado <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Juiz_de_fora" title="Juiz de fora">juiz de fora</a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Alc%C3%A1cer_do_Sal" title="Alcácer do Sal">Alcácer do Sal</a>, não sem antes atestar que é "puro de sangue", como determinavam as normas jurídicas da época.<br />
Em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/27_de_janeiro" title="27 de janeiro">27 de janeiro</a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1668" title="1668">1668</a> teve a função de representar a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bahia" title="Bahia">Bahia</a> nas <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cortes" title="Cortes">cortes</a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Lisboa" title="Lisboa">Lisboa</a>. Em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1672" title="1672">1672</a>, o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Senado" title="Senado">Senado</a> da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2mara" title="Câmara">Câmara</a> da Bahia outorga-lhe o cargo de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Procurador" title="Procurador">procurador</a>. A <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/20_de_janeiro" title="20 de janeiro">20 de janeiro</a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1674" title="1674">1674</a> é, novamente, representante da Bahia nas cortes. É, contudo, destituído do cargo de procurador.<br />
<table border="0" cellpadding="3" class="infobox_v2" style="-moz-border-radius: 5px 5px 5px 5px; width: 26em;"><tbody>
<tr><td colspan="2" style="text-align: center;"><div class="center"> <div class="floatnone"><a class="image" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Greg%C3%B3rio_de_Matos.jpg" title="Gregório de Matos Guerra"><img alt="Gregório de Matos Guerra" height="245" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/73/Greg%C3%B3rio_de_Matos.jpg" width="204" /></a></div></div></td> </tr>
<tr> <td scope="row" style="text-align: left;" valign="top"><b>Nascimento</b></td> <td style="text-align: left;" valign="top"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/23_de_dezembro#Nascimentos" title="23 de dezembro">23 de dezembro</a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1636#Nascimentos" title="1636">1636</a><br />
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Salvador_%28Bahia%29" title="Salvador (Bahia)">Salvador</a></td> </tr>
<tr> <td scope="row" style="text-align: left;" valign="top"><b>Morte</b></td> <td style="text-align: left;" valign="top"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/26_de_novembro#Falecimentos" title="26 de novembro">26 de novembro</a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1695#Falecimentos" title="1695">1695</a> (58 anos)<br />
<a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Recife_%28Pernambuco%29" title="Recife (Pernambuco)">Recife</a></td> </tr>
<tr> <td scope="row" style="text-align: left;" valign="top"><b>Nacionalidade</b></td> <td style="text-align: left;" valign="top"><img alt="" height="14" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/05/Flag_of_Brazil.svg/20px-Flag_of_Brazil.svg.png" width="20" /> <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil" title="Brasil">Brasileiro</a></td> </tr>
<tr> <td scope="row" style="text-align: left;" valign="top"><b>Ocupação</b></td> <td style="text-align: left;" valign="top"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Advogado" title="Advogado">Advogado</a> e <a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Poeta" title="Poeta">poeta</a></td> </tr>
<tr> <td scope="row" style="text-align: left;" valign="top"><b>Escola/tradição</b></td> <td style="text-align: left;" valign="top"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco" title="Barroco">Barroco</a></td> </tr>
</tbody></table><b>Gregório de Matos Guerra</b> (<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Salvador_%28Bahia%29" title="Salvador (Bahia)">Salvador</a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/23_de_dezembro" title="23 de dezembro">23 de dezembro</a> de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1636" title="1636">1636</a><sup class="reference" id="cite_ref-0"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Greg%C3%B3rio_de_Matos#cite_note-0">[1]</a></sup> — <a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Recife_%28Pernambuco%29" title="Recife (Pernambuco)">Recife</a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/26_de_novembro" title="26 de novembro">26 de</a> <b>NOVEMBRO.</b><br />
<b> </b>BARROCOhttp://www.blogger.com/profile/04646380205559904800noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3955923384652663573.post-45538604975766984442010-11-16T06:05:00.000-08:002010-11-16T06:05:33.234-08:00POESIA DE MATOS GREGORIO<div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #134f5c;"><u>MATOS GREGORIO:</u></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #134f5c;"><u> </u></span>O fendi-vos, </span> <span style="font-size: xx-small;">meu</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">Deus</span><span style="font-size: xx-small;">, é </span> <span style="font-size: xx-small;">bem</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">verdade</span><span style="font-size: xx-small;">,</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">É </span> <span style="font-size: xx-small;">verdade</span><span style="font-size: xx-small;">, </span> <span style="font-size: xx-small;">Senhor</span><span style="font-size: xx-small;">, </span> <span style="font-size: xx-small;">que</span><span style="font-size: xx-small;"> hei delinqüido,</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Delinqüido </span> <span style="font-size: xx-small;">vos</span><span style="font-size: xx-small;"> tenho e ofendido,</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Ofendido </span> <span style="font-size: xx-small;">vos</span><span style="font-size: xx-small;"> tem </span> <span style="font-size: xx-small;">minha</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">maldade</span><span style="font-size: xx-small;">.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Maldade</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">que</span><span style="font-size: xx-small;"> encaminha à </span> <span style="font-size: xx-small;">vaidade</span><span style="font-size: xx-small;">,</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Vaidade</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">que</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">todo</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">me</span><span style="font-size: xx-small;"> há vencido.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana; font-size: xx-small;">Vencido quero ver-me e arrependido,</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Arrependido a </span> <span style="font-size: xx-small;">tanta</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">enormidade</span><span style="font-size: xx-small;">.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Arrependido estou de </span> <span style="font-size: xx-small;">coração</span><span style="font-size: xx-small;">,</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">De </span> <span style="font-size: xx-small;">coração</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">vos</span><span style="font-size: xx-small;"> busco, dai-me os </span> <span style="font-size: xx-small;">braços</span><span style="font-size: xx-small;">,</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Abraços</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">que</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">me</span><span style="font-size: xx-small;"> rendem </span> <span style="font-size: xx-small;">vossa</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">luz</span><span style="font-size: xx-small;">.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Luz</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">que</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">claro</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">me</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">mostra</span><span style="font-size: xx-small;"> a salvação,</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-size: xx-small;">A salvação pertendo </span> <span style="font-size: xx-small;">em</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">tais</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">abraços</span><span style="font-size: xx-small;">,</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Misericórdia</span><span style="font-size: xx-small;">, </span> <span style="font-size: xx-small;">amor</span><span style="font-size: xx-small;">, Jesus, Jesus.</span></span></div><br />
<span style="color: magenta;">LIRICO</span><br />
<br />
1 <i> Meu Deus, que estais pendente de um madeiro,</i><br />
2<i> Em cuja lei protesto de viver</i><i>,</i><br />
3<i> Em cuja santa lei hei de morrer,</i><br />
4<i> Animoso, constante, firme e inteiro:</i><br />
<br />
5 <i> Neste lance, por ser o derradeiro,</i><br />
6<i> Pois vejo a minha vida anoitecer;</i><br />
7<i> É, meu Jesus, a hora de se ver</i><br />
8<i> A brandura de um Pai, manso Cordeiro.</i><br />
<br />
9<i> Mui grande é o vosso amor e o meu delito;</i><br />
<br />
10<i> Porém pode ter fim todo o pecar,</i><br />
11<i> E não o vosso amor que é infinito.</i><br />
<br />
12<i> Esta razão me obriga a confiar</i><i>,</i><br />
13<i> Que, por mais que pequei, neste conflito</i><br />
14<i> Espero em vosso amor de me salvar.</i><br />
<i>LIRICO:</i><i>Minha rica mulatinha</i><br />
<i>desvelo e cuidado meu, </i><br />
<i>eu já fora todo teu, </i><br />
<i>e tu foras toda minha;</i><br />
<br />
<i>Juro-te, minha vidinha, </i><br />
<i>se acaso minha qués ser,</i><br />
<i>que todo me hei de acender </i><br />
<i>em ser teu amante fino pois </i><br />
<i>por ti já perco o tino, </i><br />
<i>e ando para morrer.</i><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana; font-size: large;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></span></div><div align="center"><span style="color: white; font-family: OCR A Extended;">Através </span></div><div align="center"><span style="color: white; font-family: OCR A Extended;">Através da sátira , o poeta registra o cotidiano com maior constância e detalhes . Vai da brincadeira inconseqüente à denúncia virulenta . Pela contundência e insistência de suas críticas , ficou conhecido como "Boca do Inferno " . </span></div><div align="center"><span style="color: white; font-family: OCR A Extended;">Nessa vertente , Gregório critica principalmente a ambição desmedida dos colonos , bem como as transgressões morais em que todos incorrem . Não se trata , portanto , de uma crítica dirigida apenas aos poderosos . Seus alvos prediletos eram , de fato , governadores , administradores , religiosos ( ou religiosas ... ) e comerciantes . Mas a arraia-miúda também mereceu do poeta sua dose de agressão e virulência . </span></div><div align="center"><span style="color: white; font-family: OCR A Extended;">da sátira , o poeta registra o cotidiano com maior constância e detalhes . Vai da brincadeira inconseqüente à denúncia virulenta . Pela contundência e insistência de suas críticas , ficou conhecido como "Boca do Inferno " . </span></div><div align="center"><span style="color: white; font-family: OCR A Extended;">Nessa vertente , Gregório critica principalmente a ambição desmedida dos colonos , bem como as transgressões morais em que todos incorrem . Não se trata , portanto , de uma crítica dirigida apenas aos poderosos . Seus alvos prediletos eram , de fato , governadores , administradores , religiosos ( ou religiosas ... ) e comerciantes . Mas a arraia-miúda também mereceu do poeta sua dose de agressão e virulência . </span></div><div align="center"><span style="color: white; font-family: OCR A Extended;">Através da sátira , o poeta registra o cotidiano com maior constância e detalhes . Vai da brincadeira inconseqüente à denúncia virulenta . Pela contundência e insistência de suas críticas , ficou conhecido como "Boca do Inferno " . </span></div><div align="center"><span style="color: white; font-family: OCR A Extended;">Nessa vertente , Gregório critica principalmente a ambição desmedida dos colonos , bem como as transgressões morais em que todos incorrem . Não se trata , portanto , de uma crítica dirigida apenas aos poderosos . Seus alvos prediletos eram , de fato , governadores , administradores , religiosos ( ou religiosas ... ) e comerciantes . Mas a arraia-miúda também mereceu do poeta sua dose de agressão e virulência . </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><br />
</div>BARROCOhttp://www.blogger.com/profile/04646380205559904800noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3955923384652663573.post-16491985484663528162010-11-16T05:51:00.000-08:002010-11-16T05:51:39.756-08:00Etimologia O termo "barroco" advém da palavra portuguesa homónima que significa "pérola imperfeita". Foi usado desde a Idade Média pelos escolásticos como um termo mnemônico do silogismo, indicando um raciocínio estranho, tortuoso, que confundia o falso com o verdadeiro. A palavra foi rapidamente introduzida nas línguas francesa e italiana, mas nas artes plásticas foi usada somente no fim do período em questão pelo crítica que se ligou ao conceito<h2><span class="mw-headline" id="Etimologia">Etimologia</span></h2>O termo "barroco" advém da palavra portuguesa homónima que significa "pérola imperfeita". Foi usado desde a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_M%C3%A9dia" title="Idade Média">Idade Média</a> pelos <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Escol%C3%A1stica" title="Escolástica">escolásticos</a> como um termo mnemônico do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Silogismo" title="Silogismo">silogismo</a>, indicando um <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Racioc%C3%ADnio" title="Raciocínio">raciocínio</a> estranho, tortuoso, que confundia o falso com o verdadeiro. A palavra foi rapidamente introduzida nas línguas francesa e italiana, mas nas artes plásticas foi usada somente no fim do período em questão pelo críticos que queriam com ela condenar os excessos e irregularidades de um estilo que já estava em via de findar e era visto como uma simples degeneração dos princípios clássicos. A carga pejorativa que se ligou ao conceito de Barroco só começou a ser dissolvida em meados do século XIX a partir dos estudos de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jacob_Burckhardt" title="Jacob Burckhardt">Jacob Burckhardt</a>, mas em especial com o trabalho de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Heinrich_W%C3%B6lfflin" title="Heinrich Wölfflin">Heinrich Wölfflin</a><br />
<span style="color: red;">CARACTERISTICAS:</span>O Barroco começou a ser estudado seriamente no final do século XIX, e desde então os teóricos da arte têm tentado definir-lhe seus contornos, mas essa tentativa provou-se dificultosa, e pouco consenso foi conseguido. Um dos primeiros estudiosos a abordar o tema foi <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Heinrich_W%C3%B6lfflin" title="Heinrich Wölfflin">Heinrich Wölfflin</a>, que o descreveu contrapondo-o ao Renascimento e definido cinco traços genéricos principais: o privilégio da cor e da mancha sobre a linha; da profundidade sobre o plano; das formas abertas sobre as fechadas; da imprecisão sobre a clareza, e da unidade sobre a multiplicidade. Sua definição ainda é tomada como o ponto de partida de muitos estudos contemporâneos sobre o Barroco.<br />
<div class="thumb tright"> <div class="thumbinner" style="width: 252px;"><a class="image" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Rubens_-_The_Consequences_of_War.jpg"><img alt="" class="thumbimage" height="150" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a7/Rubens_-_The_Consequences_of_War.jpg/250px-Rubens_-_The_Consequences_of_War.jpg" width="250" /></a> <div class="thumbcaption"> <div class="magnify"><a class="internal" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Rubens_-_The_Consequences_of_War.jpg" title="Ampliar"><img alt="" height="11" src="http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png" width="15" /></a></div><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_Paul_Rubens" title="Peter Paul Rubens">Rubens</a>: <i>As consequências da guerra</i>, 1637-38. <a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Palazzo_Pitti" title="Palazzo Pitti">Palazzo Pitti</a>, Florença</div></div></div><div class="thumb tright"> <div class="thumbinner" style="width: 252px;"><a class="image" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bernini_-_Santa_Teresa_em_extase.jpg"><img alt="" class="thumbimage" height="320" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e0/Bernini_-_Santa_Teresa_em_extase.jpg/250px-Bernini_-_Santa_Teresa_em_extase.jpg" width="250" /></a> <div class="thumbcaption"> <div class="magnify"><a class="internal" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bernini_-_Santa_Teresa_em_extase.jpg" title="Ampliar"><img alt="" height="11" src="http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png" width="15" /></a></div><a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bernini" title="Bernini">Bernini</a>: <i>Êxtase de Santa Teresa</i>, 1625</div></div></div><div class="thumb tright"> <div class="thumbinner" style="width: 252px;"><a class="image" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:StFranciscoChurch2-CCBY.jpg"><img alt="" class="thumbimage" height="188" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/2a/StFranciscoChurch2-CCBY.jpg/250px-StFranciscoChurch2-CCBY.jpg" width="250" /></a> <div class="thumbcaption"> <div class="magnify"><a class="internal" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:StFranciscoChurch2-CCBY.jpg" title="Ampliar"><img alt="" height="11" src="http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png" width="15" /></a></div>Interior da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_e_Convento_de_S%C3%A3o_Francisco_%28Salvador%29" title="Igreja e Convento de São Francisco (Salvador)">Igreja de São Francisco</a>, Salvador</div></div></div><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Arnold_Hauser" title="Arnold Hauser">Arnold Hauser</a> explicou a categorização de Wölfflin dizendo que a busca de um efeito não-linear, essencialmente pictórico e não gráfico, procurava criar uma impressão de ilimitado, imensurável, infinito, dinâmico, subjetivo e inapreensível; o objeto se tornava um devir, um processo, e não uma afirmação final. A preferência pela espacialidade profunda sobre a rasa acompanhava o mesmo gosto por estruturas dinâmicas, a mesma oposição a tudo o que parecia por demais estável, a todas as fronteiras rígidas, refletindo uma visão de mundo em perpétuo movimento e mudança. O recurso favorito dos artistas barrocos para a criação de um espaço dinâmico e profundo foi o emprego de primeiros planos magnificados com objetos aparentemente bem ao alcance do observador, justapostos a outros em dimensões reduzidas num plano de fundo muito recuado.<br />
<h4 style="color: orange;"><span class="mw-headline" id="Literatura_para_o_teatro">Literatura para o teatro</span></h4>O <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Drama" title="Drama">drama</a> barroco tipicamente usa motivos clássicos mas tenta trazê-los para o mundo moderno, muitas vezes centrando a ação na figura do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Monarca" title="Monarca">monarca</a>. Ao contrário do drama clássico, onde o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Destino" title="Destino">destino</a> é uma das principais forças propulsoras da ação, um destino que é cego e contra o qual não há nada capaz de se opor, no drama barroco o interesse passa para as dificuldades inerentes ao exercício do poder, da vontade e da razão diante da realidade política corrupta, cruel e cínica e do descontrole das paixões, gerando uma perene e dolorosa tensão entre o desejo por um mundo harmonioso, belo e santificado e a impressão de que tudo se dirige para a catástrofe e a destruição, sem qualquer esperança para o homem. Para a expressão desses conflitos um recurso técnico comum é a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Alegoria" title="Alegoria">alegoria</a>, que transporta os fatos concretos para uma esfera mais abstrata e mais abrangente, possibilitando múltiplas interpretações e fazendo relacionamentos simultâneos entre vários níveis de realidade. O uso da alegoria é típico do Barroco também porque ela não oferece uma resposta unívoca às questões propostas, permanecendo o incerto, o ambíguo e o mutável como elementos integrantes do tema, permite o exercício da crítica social sem ligar-se diretamente a figuras públicas verdadeiras, e possibilita a exploração da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia" title="Psicologia">psicologia</a> humana em todos os seus extremos contrastantes de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Virtude" title="Virtude">virtude</a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADcio" title="Vício">vício</a>, e com todas as nuances intermédias. Por tais motivos, nas alegorias dramáticas do Barroco abundam imagens de ruínas e da morte, mas abrindo a perspectiva de um novo nascimento e de uma ação humana significativa<br />
<h3><span class="mw-headline" id="Teatro">Teatro</span></h3><div class="thumb tright"> <div class="thumbinner" style="width: 252px;"><a class="image" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Giacomo_Torelli_-_Cenario_para_Androm%C3%A8de_de_Corneille.jpg"><img alt="" class="thumbimage" height="168" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/7f/Giacomo_Torelli_-_Cenario_para_Androm%C3%A8de_de_Corneille.jpg/250px-Giacomo_Torelli_-_Cenario_para_Androm%C3%A8de_de_Corneille.jpg" width="250" /></a> <div class="thumbcaption"> <div class="magnify"><a class="internal" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Giacomo_Torelli_-_Cenario_para_Androm%C3%A8de_de_Corneille.jpg" title="Ampliar"><img alt="" height="11" src="http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png" width="15" /></a></div><a class="new" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Giacomo_Torelli&action=edit&redlink=1" title="Giacomo Torelli (página não existe)">Giacomo Torelli</a>: Cenário para <i>Andromède</i>, de Corneille, 1650. <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Metropolitan_Museum_of_Art" title="Metropolitan Museum of Art">Metropolitan Museum of Art</a>, Nova Iorque</div></div></div>O <span style="background-color: lime;">TEATRO</span><br />
<span style="background-color: lime;"></span> barroco herdou os avanços renascentistas na construção de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cen%C3%A1rio" title="Cenário">cenários</a> com perspectivas ilusionísticas, o que estava ligado à revivescência da arquitetura clássica. Arquitetos como <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Vincenzo_Scamozzi" title="Vincenzo Scamozzi">Vincenzo Scamozzi</a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sebastiano_Serlio" title="Sebastiano Serlio">Sebastiano Serlio</a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardo_Buontalenti" title="Bernardo Buontalenti">Bernardo Buontalenti</a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Baldassare_Peruzzi" title="Baldassare Peruzzi">Baldassare Peruzzi</a> haviam participado ativamente da concepção de cenários de impacto realista, seja através de painéis pintados, o que era mais comum, seja com construções realmente tridimensionais sobre os palcos, e pelo fim do século XVI a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cenografia" title="Cenografia">cenografia</a> se tornara uma parte importante na representação teatral. Ao longo do século seguinte adquiriu relevo ainda maior, e como os cenários teatrais não estavam sujeitos às limitações da arquitetura real, desenvolveu-se uma linha de cenários altamente fantasiosos e bizarros, onde a imaginação encontrou um terreno livre para se manifestar.<sup class="reference" id="cite_ref-56"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco#cite_note-56">[</a></sup>À medida que os cenários móveis se tornavam mais complexos, da mesma forma evoluíam as casas teatrais, até então construções temporárias ou de proporções modestas. O primeiro grande teatro permanente fora erguido em Florença em meados do século XVI, e no século seguinte vários outros apareceram. O primeiro <a class="new" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Prosc%C3%AAnio&action=edit&redlink=1" title="Proscênio (página não existe)">proscênio</a> permamente surgiu em 1618 no Teatro Farnese em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Parma" title="Parma">Parma</a>, sob a forma de uma derivação de um <a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Arco_de_triunfo" title="Arco de triunfo">arco de triunfo</a>. Fixos, limitavam a visão do público à regra da perspectiva central, que correspondia simbolicamente à visão do governante, um reflexo da ideologia absolutista.<br />
<br />
<span style="color: blue;">A MUSICA:</span><br />
<span style="background-color: blue;"></span>O século XVII trouxe à música a revolução mais profunda desde aquela promovida pela <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ars_nova" title="Ars nova">Ars nova</a> no século XIV, e talvez tanto quanto a que foi implementada pela <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_moderna" title="Música moderna">música moderna</a> no século XX. É certo que tais mudanças não surgiram do nada e tiveram precursores, e demoraram anos até serem absorvidas em larga escala, mas em torno do ano 1600 se apresentaram obras que constituem verdadeiros marcos de passagem. Esse novo espírito requereu a criação de um vocabulário musical vastamente expandido e uma rápida evolução na técnica, especialmente a vocal. As origens do Barroco musical estão no contraste entre dois estilos nitidamente diferenciados, o chamado <i>prima prattica</i>, o estilo geral do século XVI, e o <i>seconda prattica</i>, derivado de inovações na música de teatro italiana. Na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Harmonia" title="Harmonia">harmonia</a>, outra área que sofreu mudança significativa, abandonaram-se os <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Modos_gregos" title="Modos gregos">modos gregos</a> ainda prevalentes no século anterior para adotar-se o <a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_tonal" title="Sistema tonal">sistema tonal</a>, construído a partir de apenas duas <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala" title="Escala">escalas</a>, a maior e a menor, que encontrou sua expressão mais típica na técnica do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Baixo_cont%C3%ADnuo" title="Baixo contínuo">baixo contínuo</a>.<br />
Além disso, se verificou uma primazia do texto e dos afetos sobre a forma e a sonoridade; a sobrevivência do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Contraponto" title="Contraponto">contraponto</a> e estilos polifônicos, especialmente na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsica_sacra" title="Música sacra">música sacra</a>, mas descartando texturas intrincadas onde o texto se torna incompreensível, como ocorria no Renascimento; a teorização da <i>performance</i> com tratados e manuais para profissionais e amadores; a introdução de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Afina%C3%A7%C3%A3o" title="Afinação">afinações</a> <a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_temperado" title="Sistema temperado">temperadas</a> e de formas <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Concerto" title="Concerto">concertantes</a>; a primazia do baixo e da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Melodia" title="Melodia">melodia</a> nas estruturas; a popularização da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Melodia" title="Melodia">melodia</a>; o uso da <a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Disson%C3%A2ncia" title="Dissonância">dissonância</a> como recurso expressivo; a ênfase nas vozes superior e inferior; a passagem das sonoridades <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Intervalo" title="Intervalo">interválicas</a> para as <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Acorde" title="Acorde">acórdicas</a>, e o desenvolvimento de escolas nacionais. Entretanto, assim como nas outras artes, o Barroco musical foi uma pletora de tendências distintas, e George Buelow considera que a diversidade foi tão grande que o conceito perdeu relevância como definição de uma unidade estilística, mas reconhece que o termo se fixou na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Musicologia" title="Musicologia">musicologia</a>.<sup class="reference" id="cite_ref-Buelow_68-0"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco#cite_note-Buelow-68">[</a></sup><br />
<sup class="reference" id="cite_ref-Buelow_68-0"> </sup><br />
<sup class="reference" id="cite_ref-Buelow_68-0"><br />
</sup><br />
<sup class="reference" id="cite_ref-Buelow_68-0"><span style="font-family: Verdana,sans-serif;"><u><span style="color: #38761d;">POEMAS DE GREGORIO DE MATOS</span></u></span></sup><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Pequei, </span> <span style="font-size: xx-small;">Senhor</span><span style="font-size: xx-small;">, </span> <span style="font-size: xx-small;">mas</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">não</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">porque</span><span style="font-size: xx-small;"> hei </span> <span style="font-size: xx-small;">pecado</span></span><a href="http://www.filologia.org.br/abf/volume3/numero1/01.htm#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Verdana; font-size: xx-small;">[1]</span></span></a><span style="font-family: Verdana; font-size: xx-small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Da </span> <span style="font-size: xx-small;">vossa</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">piedade</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">me</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">despido</span><span style="font-size: xx-small;">,</span></span><a href="http://www.filologia.org.br/abf/volume3/numero1/01.htm#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Verdana; font-size: xx-small;">[2]</span></span></a><span style="font-family: Verdana; font-size: xx-small;">:</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Porque</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">quanto</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">mais</span><span style="font-size: xx-small;"> tenho delinqüido,</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Vos</span><span style="font-size: xx-small;"> tenho a </span> <span style="font-size: xx-small;">perdoar</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">mais</span><span style="font-size: xx-small;"> empenhado.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"> <span style="font-family: Verdana; font-size: xx-small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Se </span> <span style="font-size: xx-small;">basta</span><span style="font-size: xx-small;"> a </span> <span style="font-size: xx-small;">vos</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">irar</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">tanto</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">um</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">pecado</span><span style="font-size: xx-small;">,</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">A abrandar-vos </span> <span style="font-size: xx-small;">sobeja</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">um</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">só</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">gemido</span><span style="font-size: xx-small;">:</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Que</span><span style="font-size: xx-small;"> a </span> <span style="font-size: xx-small;">mesma</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">culpa</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">que</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">vos</span><span style="font-size: xx-small;"> há ofendido,</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Vos</span><span style="font-size: xx-small;"> tem </span> <span style="font-size: xx-small;">para</span><span style="font-size: xx-small;"> o </span> <span style="font-size: xx-small;">perdão</span><span style="font-size: xx-small;"> lisonjeado.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"> <span style="font-family: Verdana; font-size: xx-small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Se uma </span> <span style="font-size: xx-small;">ovelha</span><span style="font-size: xx-small;"> perdida e </span> <span style="font-size: xx-small;">já</span><span style="font-size: xx-small;"> cobrada</span></span><a href="http://www.filologia.org.br/abf/volume3/numero1/01.htm#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: Verdana; font-size: xx-small;">[3]</span></span></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Glória</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">tal</span><span style="font-size: xx-small;"> e </span> <span style="font-size: xx-small;">prazer</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">tão</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">repentino</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Vos</span><span style="font-size: xx-small;"> deu, </span> <span style="font-size: xx-small;">como</span><span style="font-size: xx-small;"> afirmais na </span> <span style="font-size: xx-small;">Sacra</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">História</span><span style="font-size: xx-small;">:</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"> <span style="font-family: Verdana; font-size: xx-small;"> </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Eu</span><span style="font-size: xx-small;"> sou, </span> <span style="font-size: xx-small;">Senhor</span><span style="font-size: xx-small;">, </span> <span style="font-size: xx-small;">ovelha</span><span style="font-size: xx-small;"> desgarrada;</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Cobrai-me; e </span> <span style="font-size: xx-small;">não</span><span style="font-size: xx-small;"> queirais, </span> <span style="font-size: xx-small;">Pastor</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">Divino</span><span style="font-size: xx-small;">,</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0mm 0mm 0.0001pt 54pt; text-indent: 0mm;"><span style="font-family: Verdana;"> <span style="font-size: xx-small;">Perder</span><span style="font-size: xx-small;"> na </span> <span style="font-size: xx-small;">vossa</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">ovelha</span><span style="font-size: xx-small;"> a </span> <span style="font-size: xx-small;">vossa</span><span style="font-size: xx-small;"> </span> <span style="font-size: xx-small;">glória</span><span style="font-size: xx-small;">.</span></span></div>BARROCOhttp://www.blogger.com/profile/04646380205559904800noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3955923384652663573.post-12733443355494916402010-11-09T17:22:00.000-08:002010-11-09T17:22:04.097-08:00<b>Barroco</b> foi o nome dado ao estilo artístico que floresceu na Europa, América e em alguns pontos do Oriente entre o início do século XVII e meados do século XVIII. De certa forma o Barroco foi uma continuação natural do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento" title="Renascimento">Renascimento</a>, porque ambos os movimentos compartilharam de um profundo interesse pela arte da <a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Antiguidade" title="Antiguidade">Antiguidade</a> clássica, com a diferença de a interpretarem e expressarem esse interesse de formas distintas. Enquanto que no Renascimento as qualidades de moderação, economia formal, austeridade, equilíbrio e harmonia eram as mais buscadas, o tratamento barroco de temas idênticos mostrava maior dinamismo, contrastes mais fortes, maior dramaticidade, exuberância e realismo e uma tendência ao decorativo, além de manifestar uma tensão entre o gosto pela materialidade opulenta e as demandas de uma vida espiritual. Mas nem sempre estas características são evidentes ou se apresentam todas ao mesmo tempo, houve uma grande variedade de abordagens estilísticas que foram englobadas sob a denominação genérica de "arte barroca", com certas escolas mais próximas do classicismo renascentista e outras mais afastadas dele. As mudanças introduzidas pelo espírito barroco se originaram, pois, de um profundo respeito pelas conquistas das gerações anteriores, e de um desejo de superá-las com a criação de obras originais, dentro de um contexto social e cultural que já se havia modificado profundamente em relação ao período anterior.<sup class="reference" id="cite_ref-Harris_0-0"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco#cite_note-Harris-0">[1]</a></sup><br />
<h3><span class="mw-headline" id="Principais_artistas_e_obras_da_arquiteturas_barroca">Principais artistas e obras da arquiteturas barroca</span></h3><ul><li><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Francesco_Borromini" title="Francesco Borromini">Francesco Borromini</a>, que entre muitas obras construiu em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Roma" title="Roma">Roma</a> o <i><a class="new" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=San_Carlo_alle_Quattro_Fontane&action=edit&redlink=1" title="San Carlo alle Quattro Fontane (página não existe)">San Carlo alle Quattro Fontane</a></i>. Surge aí a associação entre elementos retos e elementos curvos, utilizando formas ambivalentes. A fachada é visualmente <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Din%C3%A2mica" title="Dinâmica">dinâmica</a>, o que não deixa os espectadores parados. Exibe uma complexidade em termos de organização, <a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B4ncava" title="Côncava">côncava</a>, <a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Convexa" title="Convexa">convexa</a> e retas; é este dinamismo que o barroco impõe. Cria-se um portal monumental, que joga com várias formas, desloca-se o sino para a zona da fonte, em vez da zona central, destacando assim também a importância da fonte, como elemento criativo e funcional integrado na <a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitectura" title="Arquitectura">arquitectura</a>. Borromini foi ainda o autor de <i><a class="new" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Igreja_de_Sant%27Agnese_in_Agone&action=edit&redlink=1" title="Igreja de Sant'Agnese in Agone (página não existe)">igreja de Sant'Agnese in Agone</a></i>, na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Piazza_Navona" title="Piazza Navona">Piazza Navona</a>, e de <i><a class="new" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Igreja_de_Sant%27Andrea_delle_Fratte&action=edit&redlink=1" title="Igreja de Sant'Andrea delle Fratte (página não existe)">Sant'Andrea delle Fratte</a></i>, ambas em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Roma" title="Roma">Roma</a>.</li>
</ul><div class="thumb tleft"> <div class="thumbinner" style="width: 252px;"><a class="image" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Parione_-_s_Agnese_in_Agone_1020587.JPG"><img alt="" class="thumbimage" height="198" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/90/Parione_-_s_Agnese_in_Agone_1020587.JPG/250px-Parione_-_s_Agnese_in_Agone_1020587.JPG" width="250" /></a> <div class="thumbcaption"> <div class="magnify"><a class="internal" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Parione_-_s_Agnese_in_Agone_1020587.JPG" title="Ampliar"><img alt="" height="11" src="http://bits.wikimedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png" width="15" /></a></div>Igreja de <i>Sant'Agnese in Agone</i></div></div></div><ul><li>O <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a" title="França">francês</a> <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7ois_Mansart" title="François Mansart">François Mansart</a> é um dos mais importantes arquitectos do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco" title="Barroco">barroco</a>, com obras tão importantes como <i>Château de Masons</i> (hoje <a class="new" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ch%C3%A2teau_de_Masons-Laffitte&action=edit&redlink=1" title="Château de Masons-Laffitte (página não existe)">Château de Masons-Laffitte</a>), a <i><a class="new" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Igreja_do_Val-de-Gr%C3%A2ce&action=edit&redlink=1" title="Igreja do Val-de-Grâce (página não existe)">igreja do Val-de-Grâce</a>''</i> e o <i><a class="new" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Temple_du_Marais&action=edit&redlink=1" title="Temple du Marais (página não existe)">Temple du Marais</a></i> (estes dois últimos em Paris).</li>
</ul><ul><li><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Louis_Le_Vau" title="Louis Le Vau">Louis Le Vau</a> foi o autor do <a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ch%C3%A2teau_de_Vaux-le-Vicomte" title="Château de Vaux-le-Vicomte">Château de Vaux-le-Vicomte</a>, considerada como uma das influentes obras da época. A relação pátio-jardim é verdadeiramente revolucionária. Os jardins, projectados por <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Andr%C3%A9_Le_N%C3%B4tre" title="André Le Nôtre">André Le Nôtre</a>, deixam de ser um mero complemento do edifício e ganham um prolongamento que vai para além da construção do <i>château</i> em si. Os jardins de Le Nôtre, sempre fortemente marcados pela axialidade, tocam, a partir do olhar do observador, no horizonte, realizando o que o autor C. Norberg Schulz chama de experiência de um espaço infinito.</li>
</ul><ul><li><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jules_Hardouin-Mansart" title="Jules Hardouin-Mansart">Jules Hardouin-Mansart</a> é outro importante arquiteto do barroco, cujas obras mais importantes são o <a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_de_Versailles" title="Palácio de Versailles">Palácio de Versailles</a>, em que a planta é <a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/El%C3%ADptica" title="Elíptica">elíptica</a> e os jogos de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Luz" title="Luz">luz</a> criam contrastes visuais. A <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/H%C3%B4tel_des_Invalides#A_catedral_de_Saint-Louis-des-Invalides" title="Hôtel des Invalides">Catedral de Saint-Louis-des-Invalides</a> e o <i><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Grand_Trianon" title="Grand Trianon">Grand Trianon</a></i> também são de sua autoria.</li>
</ul><ul><li><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Claude_Perrault" title="Claude Perrault">Claude Perrault</a> é outro importante arquitecto francês, ainda que menos célebre. A fachada oriental que desenhou para o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Palais_du_Louvre" title="Palais du Louvre">Palais du Louvre</a> é um excelente exemplo da arquitectura barroca francesa. Em todo o espaço cria-se uma multiplicidade cenográfica. O muro não é entendido como um limite, mas como realidade espacial privilegiada para conter <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento" title="Movimento">movimento</a>.</li>
</ul>A <b>arquitetura barroca</b> (<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_Ortogr%C3%A1fico_de_1945" title="Acordo Ortográfico de 1945">AO 1945</a>: arquitectura barroca) é o <a class="mw-redirect" href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Estilo_arquitect%C3%B3nico" title="Estilo arquitectónico">estilo arquitectónico</a> praticado durante o período <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco" title="Barroco">barroco</a>, que inicia-se a partir do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVII" title="Século XVII">século XVII</a> e decorre até a primeira metade do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIII" title="Século XVIII">século XVIII</a>. A palavra <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa" title="Língua portuguesa">portuguesa</a> "barroco" define uma <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A9rola" title="Pérola">pérola</a> de formato irregular.BARROCOhttp://www.blogger.com/profile/04646380205559904800noreply@blogger.com0